quarta-feira, 23 de julho de 2008

Muito tempo longe de mim... ou perto de mais.
Muito tempo em plena dormência do mundo, da vida, de tudo.
Muito em tão pouco. Tempo é algo a fazer, quando se torna algo a pensar fica difícil.

Tenho tanto a dizer e no entanto estou muda. Só escrevo quando estou feliz e assim sendo tenho que reaprender a escrever. Não é tristeza é uma urgência de viver de administrar tudo.
Quero mais um tempo, mais um pouco de sol, de lua, de amor.
Quero o meu filho menor mais livre de mim, mais maduro. Ele diz que ama a mamãe dele o tempo todo e isso me dá medo. Quero que o Dimi saiba que nunca vai estar só.
Só mais um pouco...
Quero deixar coisas escritas para eles me entenderem, me sentirem. Os maiores já me conhecem bem.
Acho um privilégio poder se despedir, se preparar. Melhor do que sumir do nada. Vou tentar escrever um pouco mais para vocês.

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quarta-feira, 16 de abril de 2008


Toques sutis da vida são dados, nós é que na maioria das vezes não os vemos, mas estão lá sim eu sinto, eu vejo, eu sempre vi.

São meus elos com esse mundo, com essa terra, são os sons de muitas almas, são nossos anjos da "guarda", são meus desejos, meus filhos, meu amor, minha luz, são meu destino escrito por mim ou não.

Nesses momentos de guerra que travamos com as nossas trevas esses "toques" estão ainda mais presentes e eu estou a flôr da pele para tudo que vier.

Serei então uma árvore velha e frondosa pois acolho em minhas raízes flores frescas, pequenas mudas que necessitam de minha sombra, de minha força. Na tempestade que se segue terei o poder do tempo como meu aliado e saberei me curvar o suficiente sem romper com minha estrutura. E terei o mais importante, a certeza de que ao meu redor essa imensa floresta jamais morrerá e eu serei renovação.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Tempestade...

Surge as vezes esses tempos ruins. Coisas que devemos suportar e que passam sem dúvida. Ventos fortes ou nem tanto. Sentidos entorpecidos. No momento da tormenta a única coisa em que pensamos é que a tempestade tem que acabar em dado momento e então a serenidade virá.

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Roupa de carne


Cuidar do corpo que está comigo, do corpo emprestado que veste minha alma. Dessa roupa de carne que reveste minha luz. Do que me sustenta e permite sentir esse mundo. Cuidar da carne que toca meu amor, compartilhar com ele da criação. Cuidar da alma que guardo em mim até o momento de tê-la em meus braços. E graças a esse corpo alimentá-la e vê-la crescer, sendo apenas o veículo da viagem.
E no momento de me desfazer dessa veste, dessa carne. Farei com pesar. Ainda que tenha a leveza da pluma não serei mais tocada pelo vento ou por suas mãos.
Cederei então novamente ao apelo de minha alma de tocar o chão e de sentir os cheiros e gostos. Vestirei uma nova roupa e buscarei por você em meus encantamentos perdidos...

Até breve!


Fevereiro de 2008