" A maturidade ama a sua condição humana.
Os jovens anseiam apenas pela autoridade.
Os velhos sabem do privilégio de olhar direto nos olhos de alguém e dizer:
Eu sou igual a ti, e tu não és melhor do que eu."

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Já é tempo...

No vidro do carro um reflexo. Já não são os mesmos olhos, estão mais profundos.
O nariz é mais afinado, cabelos menos cacheados. O queixo não é tão redondo como antes.
As pessoas podem não notar, mas é diferente.
Não é só beleza que a luz procura refletir quando penetra no vidro. É também a busca do sorriso da criança, do brilho que havia nos olhos, nos sonhos.
O rosto abriga ou esconde os pensamentos, as lembranças.
O tempo começa a ficar marcado nos pontos ainda ocultos.
As luzes correm, tudo passa veloz. São pontos soltos que se deslocam dentro dos olhos.
Brilha uma lágrima... Felicidade...Paz!

Um dia muito feliz...

Esse dia foi muito feliz. Senti um prazer e uma alegria infantil...

Apenas lembranças...

***É um silencio profundo o da alma cansada. Já não pode sonhar, já não pode chorar.
Poesias vem da alma. E como posso então devanear?
Lindos os sorrisos que vem da alma. Poderosas as lágrimas e ricos os pensamentos.
A alma morta seca o semblante, curva a figura humana, destrói o som das asas e o pássaro
não pode mais voar...

1994...talvez um dia morno sem nada a dizer.


Aqui como disse vou colocar tudo que escrevi, escrevo e escreverei.
Catando meus pedaços como qualquer andarilho sigo meu caminho, mas pretendo deixar uma trilha.

*** Ser um não basta. Mesmo que tranquilo, viver é difícil, há sempre o desejo de continuar.
Ser um não explode vida nem emoções, não dá criatividade, continuação...
_Viver é simplesmente "ter". Existir por não haver de desistir do mais difícil que é "ser"...

1995


***Eu te amo e só a você.
Hoje me divido, mas ainda em você, pois os olhos que vejo são os seus e o outro par de olhos são os meus...
Como o campo de camomila que da mesma trouxa de sementes surge amarela de flor...


04 de Abril de 1993 * Olhando Crystal e Erick no chão brincando, me dei conta do quanto precisamos de pouco para sermos felizes.